14 de abril de 2011

* Sem barganhas.

Confio em ti Senhor. Preciso da tua graça e do teu milagre e por isso, não sabendo orar direito, invoco a intercessão dos teus santos daqui e de lá. Orando comigo ou por mim, certamente me ajudarão a chegar mais perto de ti, como eles chegaram.  

Mas Senhor, ensina-me a não barganhar contigo nem com eles. Ensina-me a pedir, deixando que tu decidas se me concedes não esta graça. Não quero ganhar nada em troca de promessas, porque talvez eu não as cumpra. Não desejo transformar o nosso relacionamento num “toma lá, dá cá”. És misericordioso, bom o suficiente para dares ou não dares e eu quero ser generoso e bom o suficiente para aceitar não ganhar. Mas não quero fazer barganhas, não quero promessas tipo “se me deres tal graça eis o que te dou em troca.”

Quero tua graça, mas não imponho condições e também não prometo pagar por elas. Sou pobre demais para achar que graça se paga com dez ou mil preces ou com cestas básicas. Não será pagamento. Será gratidão. Cumprirei minhas eventuais promessas sem achar que foi empréstimo no te banco de dons.

Tentarei ser melhor do que sou hoje, mas não como barganha. Não creio que desejes barganhas. Nem precisas delas!  O que posso prometer e prometo é que tentarei ser pessoa melhor, fazendo o máximo de mim para retribuir ao bem que me fizeste, mas não estabelecerei um preço ao nosso diálogo. Não é certo, não é isso que queres e eu provavelmente acabaria não conseguindo cumprir.

Basta-me que eu te seja grato e se o for, provavelmente saberei fazer o bem em troca do bem que me fizeste. Tu me dirás o bem que deverei fazer, mas promessas em forma de barganha, não! Não farei preces “me dá que te dou”! Confio na tua misericórdia e sei que ensinarás a retribuir os teus favores, porque tua misericórdia é grande até para me ensinar os meus hinos de gratidão.

Padre Zezinho

O Senhor nos diz
 Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta?
Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?
 E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. 
Eis que estás gravada na palma de minhas mãos,
tenho sempre sob os olhos tuas muralhas.

(Isaías 49:15,16)

O amor de Deus por nós é gratuíto, Ele não tem amor, Ele é o amor (1Jo 4,8.16). E o amor veio até nós, na pessoa de Jesus. Ele nos faz filhos no próprio Filho, nosso Irmão Jesus. Esse é o grande Mistério. Pai, Filho e Espírito Santo se doam mutuamente. O próprio Jesus afirmou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23). Devemos reconhecer o quanto Ele é bondoso e quantas graças Ele nos concede, dia após dia, em nossas vidas.

 “De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho único” (Jo 3,16). Suas bençãos são gratuítas e não precisamos barganhar com Ele como: "Senhor se me deres tal coisa eu farei penitência", ou, "Se eu pagar o dízimo o Senhor me enriquece". Devemos buscá-lo em oração, como Jesus nos ensinou e jamais nos esquecer que Sua vontade é que tem que prevalecer sobre a nossa, Ele sabe o que é melhor para todos nós, Ele sabe tudo de nós, sabe muito bem o que estamos precisando.

Deus nos abençõe!

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