8 de outubro de 2011

* Evangelho de São Mateus 22, 1-14.

Naquele tempo, Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo:  O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir.

O rei mandou outros empregados, dizendo: “Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa! “

Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.

O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.

Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes .

Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados.

Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa e perguntou lhe: “Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?” Mas o homem nada respondeu.

Então o rei disse aos que serviam: “Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai o fora, na escuridão! Aí haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos .”

Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor!


O festim dos pobres

Que belo o espetáculo de uma refeição. A mesa preparada, os pratos, os copos, a toalha bonita, os guardanapos de pano, os convidados que chegam, a alegria do encontro, o júbilo do reencontro. Isaias nos fala de um banquete  nos tempos que viriam: “O Senhor Deus dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos”. Era o banquete dos tempos messiânicos.

O Pai de Jesus preparou para ele um banquete. Espalhou convites por todos os lados. Os convidados, no entanto, tinham outros interesses:  cuidar do campo, administrar seus negócios e não puderam, efetivamente, responder com generosidade. Não conseguiram entrar na intimidade de Cristo e procuraram eliminá-lo. Ontem e hoje  há os que respondem  generosamente aos apelos e convites de Jesus para  uma vida de intimidade, como íntima é a vida dos que entram  nas entranhas do  amor de Cristo.

Há esse banquete da pessoa de Cristo. Através dos tempos somos chamados a entrar em sua intimidade, saborear suas palavras, degustar as cenas dos evangelhos nas quais o Senhor se coloca em intimidade com o Pai.

Desde muito tempo vamos sendo convidados a deixar a banca de impostos, as redes, pai e mãe, preocupações pequenas para entrar na sala do amor do Senhor. Ali não se pode entrar com veste manchada. O Senhor que nos convida deseja que alvejemos nossas  vestes nas vestes do Cordeiro.

Pensamos aqui, de modo particular, na eucaristia. As pessoas chegam de suas ocupações. Gente de todos os cantos, mas vestidos da veste transparente da fidelidade ao Senhor, pais e mães de família, gente com saúde e doentes, casados e solteiros. Todos vão entrando, tomando lugar na mesa da toalha branca. Sinceridade de vida e transparência de gestos. A sala de festas é o coração do Senhor. Empurramos a porta aberta de seu peito e nos assentamos contemplativamente no recôndito do dom de sua vida.

Muitos, efetivamente, são os chamados, mas poucos os escolhidos...

Frei Almir Ribeiro Guimarães





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