10º Domingo do Tempo Comum.
9 de junho de 2013.
Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: “Não chore!”
Depois se aproximou, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!” O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.
Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.” E a notícia do fato se espalhou pela Judeia inteira, e por toda a redondeza.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE!
- Se o episódio do centurião nos ensinou o que é a fé, o Evangelho de hoje nos mostra porque podemos ter essa fé: primeiro, porque Jesus se comove diante do nosso mal e nos visita com a sua presença; depois, porque ele é o Senhor e a sua palavra é eficaz, capaz de salvar-nos até mesmo da morte. Ele, de fato, é o coração de Deus-amor que visita a nossa miséria, realizando o que foi dito por Zacarias: a bondade misericórdia do nosso Deus, que vem visitar-nos como um sol resplandecente, para iluminar a todos os que jazem entre as trevas, sentados na sombra da morte.
- Se, no sermão da planície, falava-se da caminhada de fé de um israelita, agora se fala da caminhada de fé de todo homem, partindo da experiência e da esperanças comuns a todos: o desejo de saúde e de vida, sempre derrubado pelo poder da doença e da morte.
- Jesus fez a solene proclamação do Reino, prometeu a felicidade aos pobres, famintos e deu o mandamento da misericórdia. No episódio de hoje, mata a fome do mais pobre dos pobres: um morto, destituído de vida. Faz graça e misericórdia ao menor de todos, ao extremamente pequeno, um menino morto, filho único de mãe viúva. Jesus faz por primeiro o que, como Filho de Deus, exigira de todos: ama os inimigos (Lc 7,1-10 = pagãos), cuida dos pequenos (7,11-17) e acolhe os pecadores (7,36-50). Revela, assim, como é o seu messianismo: cumpre a promessa, o juízo e a salvação de Deus, movido pela sua misericórdia! - Trata-se de uma narração querigmática. O crente vindo do judaísmo anuncia o Evangelho ao não-crente imerso no paganismo. O primeiro convida o segundo a participar do hino de louvor que se ergue do coração daquele que, movido só pela misericórdia, veio ao encontro da nossa miséria para vencer nossa morte.
- A ressurreição é desejo humano que não consegue traduzir-se em esperança, porque a experiência da morte destrói todo sonho neste sentido. A esperança humana de vida só pode brotar da promessa divina de ressurreição. Só o dom de Deus pode vir ao encontro do desejo do homem. A esperança é a última que morre, isto é, morre logo depois da morte.
- Mais que o poder do Senhor, a narração ressalta a misericórdia do Salvador. A misericórdia do Salvador, porém, o revela plenamente como Senhor. Ele é o Senhor de misericórdia, autor da vida, vencedor da morte. É a primeira vez que Lucas o chama de “Senhor”. Ao mesmo tempo, é com termos alusivos ao Senhor que Lucas descreve o menino morto. Chama-o de “filho unigênito” (7,12; cf. 3,22; 9,35; 20,13). Situa-o “à porta da cidade”, como na paixão (7,12; cf. 20,15). Jesus manda que ele “se levante” (7,14), como “se levantou um profeta” (Jesus) entre nós (7,16; cf. 24,6).
- Finalidade da narração é suscitar fé na misericórdia de Deus pelos pequenos e pelos que choram, por todo ser humano, pequeno, impotente, perdido diante da morte. Pequeno porque indefeso. Indefeso porque impotente. Perdido porque irremediavelmente podado no seu desejo de vida. Jesus dá esperança lá onde ninguém pode dá-la. É o que ele faz com o filho único de mãe viúva. É o que o Pai fará com ele, também filho único de mãe provavelmente viúva. Deus é Amor e o amor dá vida, pois só o amor é mais forte que a morte.
http://opaonossodecadadia.com.br/semente_na_terra.php?d=18-09-2012
9 de junho de 2013.
Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: “Não chore!”
Depois se aproximou, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!” O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.
Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.” E a notícia do fato se espalhou pela Judeia inteira, e por toda a redondeza.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE!
- Se o episódio do centurião nos ensinou o que é a fé, o Evangelho de hoje nos mostra porque podemos ter essa fé: primeiro, porque Jesus se comove diante do nosso mal e nos visita com a sua presença; depois, porque ele é o Senhor e a sua palavra é eficaz, capaz de salvar-nos até mesmo da morte. Ele, de fato, é o coração de Deus-amor que visita a nossa miséria, realizando o que foi dito por Zacarias: a bondade misericórdia do nosso Deus, que vem visitar-nos como um sol resplandecente, para iluminar a todos os que jazem entre as trevas, sentados na sombra da morte.
- Se, no sermão da planície, falava-se da caminhada de fé de um israelita, agora se fala da caminhada de fé de todo homem, partindo da experiência e da esperanças comuns a todos: o desejo de saúde e de vida, sempre derrubado pelo poder da doença e da morte.
- Jesus fez a solene proclamação do Reino, prometeu a felicidade aos pobres, famintos e deu o mandamento da misericórdia. No episódio de hoje, mata a fome do mais pobre dos pobres: um morto, destituído de vida. Faz graça e misericórdia ao menor de todos, ao extremamente pequeno, um menino morto, filho único de mãe viúva. Jesus faz por primeiro o que, como Filho de Deus, exigira de todos: ama os inimigos (Lc 7,1-10 = pagãos), cuida dos pequenos (7,11-17) e acolhe os pecadores (7,36-50). Revela, assim, como é o seu messianismo: cumpre a promessa, o juízo e a salvação de Deus, movido pela sua misericórdia! - Trata-se de uma narração querigmática. O crente vindo do judaísmo anuncia o Evangelho ao não-crente imerso no paganismo. O primeiro convida o segundo a participar do hino de louvor que se ergue do coração daquele que, movido só pela misericórdia, veio ao encontro da nossa miséria para vencer nossa morte.
- A ressurreição é desejo humano que não consegue traduzir-se em esperança, porque a experiência da morte destrói todo sonho neste sentido. A esperança humana de vida só pode brotar da promessa divina de ressurreição. Só o dom de Deus pode vir ao encontro do desejo do homem. A esperança é a última que morre, isto é, morre logo depois da morte.
- Mais que o poder do Senhor, a narração ressalta a misericórdia do Salvador. A misericórdia do Salvador, porém, o revela plenamente como Senhor. Ele é o Senhor de misericórdia, autor da vida, vencedor da morte. É a primeira vez que Lucas o chama de “Senhor”. Ao mesmo tempo, é com termos alusivos ao Senhor que Lucas descreve o menino morto. Chama-o de “filho unigênito” (7,12; cf. 3,22; 9,35; 20,13). Situa-o “à porta da cidade”, como na paixão (7,12; cf. 20,15). Jesus manda que ele “se levante” (7,14), como “se levantou um profeta” (Jesus) entre nós (7,16; cf. 24,6).
- Finalidade da narração é suscitar fé na misericórdia de Deus pelos pequenos e pelos que choram, por todo ser humano, pequeno, impotente, perdido diante da morte. Pequeno porque indefeso. Indefeso porque impotente. Perdido porque irremediavelmente podado no seu desejo de vida. Jesus dá esperança lá onde ninguém pode dá-la. É o que ele faz com o filho único de mãe viúva. É o que o Pai fará com ele, também filho único de mãe provavelmente viúva. Deus é Amor e o amor dá vida, pois só o amor é mais forte que a morte.
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