18º Domingo Comum - 31 de julho de 2016 ...
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”.
Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?”
E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.
E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’.
Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e fazer maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda esta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’
Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
AS VAIDADES NOS AFASTAM DA GRAÇA DE DEUS ...
... do Seu Reino e da oportunidade de sermos bons para com os outros
“Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lucas 12,15).
A riqueza da Palavra de Deus, neste domingo, leva-nos, em primeiro lugar, à sentença inicial do Livro de Eclesiastes: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1,2).
Se prestarmos atenção à nossa própria vida, vamos perceber o quanto somos vaidosos, o quanto nos aplicamos e nos determinamos para ter isso e aquilo, mas, depois de um tempo, aquilo que queríamos muito torna-se desprezível, sem valor nem importância.
A própria beleza, à qual nos aplicamos em ter, adquirir e cuidar é também vaidade. Até digo que “vaidade” é aquilo que vai com a idade. Muitos não querem nem que a idade chegue, que avance e assim por diante.
Que beleza saber que os anos avançam, que a nossa vida começa quando somos crianças e chegamos a ser homens e mulheres adultos! O que não podemos é fazer da nossa vida um mar de vaidades!
A primeira das vaidades é a cobiça. Cobiçamos isso e aquilo, e a cobiça se transforma na ganância do ter e do poder, a ganância de possuir coisas! E quando menos esperamos, a nossa vida terrena termina, acaba, chega ao fim.
O que levamos da vida? Nenhuma das vaidades! Não levamos o corpo bonito que cultivamos nem a aparência que temos sobre nós. Não levamos nem o batom que passamos na boca! Eu sei que, até na hora de morrer, a pessoa quer ficar bem arrumadinha – é direito dela –, mas, no fundo, vamos para o mesmo lugar e seremos ossos do mesmo jeito.
O que vai ficar? Aquilo que semeamos de bem, de bondade e generosidade. Ficará a graça de Deus, que nunca morre e nos transforma para a eternidade.
As vaidades nos afastam, muitas vezes, da graça de Deus, do Seu Reino, de sermos bons para com os outros. Porém, a generosidade e os valores evangélicos permanecem para sempre!
Trabalhemos para ter o melhor da vida, entretanto, esse “melhor” não são os bens que adquirimos ou possuímos, mas o bem vivido e praticado, a generosidade estampada em nossos atos e atitudes. Isso nem a morte poderá roubar de nós!
Deus abençoe você!
* Padre Roger Araújo
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