8 de maio de 2011

* Maio: mês de Maria e mês das Mães.



Textos de São Josemaria

De uma maneira espontânea, natural, surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus, que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto a Deus Pai, junto a seu Filho, junto ao Espírito Santo.

Para compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, para nos sentirmos atraídos por Ela, para desejar a sua amável companhia com filial afeto, não são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca refletiremos bastante.

A fé católica soube reconhecer em Maria um sinal privilegiado do amor de Deus. Deus chama-nos, já agora, seus amigos; a sua graça atua em nós, regenera-nos do pecado, dá-nos forças para que, entre as fraquezas próprias de quem é pó e miséria, possamos refletir de algum modo o rosto de Cristo. Não somos apenas náufragos que Deus prometeu salvar; essa salvação já atua em nós. A nossa relação com Deus não é a de um cego que anseia pela luz mas que geme entre as angústias da obscuridade; é a de um filho que se sabe amado por seu Pai.

Dessa cordialidade, dessa confiança, dessa segurança, nos fala Maria. Por isso o seu nome vai tão direito aos nossos corações. A relação de cada um de nós com a nossa própria mãe pode servir-nos de modelo e de pauta para a nossa intimidade com a Senhora do Doce Nome, Maria. Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas. Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria.

Como se comporta um filho ou uma filha normal com a sua Mãe? De mil maneiras, mas sempre com carinho e confiança. Com um carinho que se manifestará em cada caso de determinadas formas, nascidas da própria vida, e que nunca são algo de frio, mas costumes muito íntimos de família, pequenos pormenores diários que o filho precisa de ter com a sua mãe e de que a mãe sente falta, se o filho alguma vez os esquece: um beijo ou uma carícia ao sair ou ao voltar a casa, uma pequena delicadeza, umas palavras expressivas…

Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana – precisamente este em que estamos reunidos: o sábado – oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade. (Cristo que passa, 142 - )

João, discípulo amado de Jesus, recebe Maria e a introduz  em sua casa, em sua vida. Os autores espirituais viram nessas palavras do Santo Evangelho um convite dirigido a todos os cristãos para que todos saibamos também introduzir Maria em nossas vidas. (É Cristo que Passa, 140)

Mãe! – Chama-a bem alto, bem alto. – Ela, tua Mãe Santa Maria, te escuta, te vê em perigo talvez, e te oferece, com a graça do seu Filho, o consolo do seu regaço, a ternura das suas carícias. E te encontrarás reconfortado para a nova luta. (Caminho, 516) 

Sempre que te vejas com o coração seco, sem saber o que dizer, recorre com confiança à Virgem Santíssima. Dize-lhe: Minha Mãe Imaculada intercedei por mim. Se a invocares com fé, Ela te fará saborear - no meio dessa secura - a proximidade de Deus(Sulco, 695)

Estou certo de que cada um de nós, ao ver nestes dias como tantos cristãos exprimem de mil formas diferentes o seu carinho pela Virgem Santa Maria, se sentirá também mais dentro da Igreja, mais irmão de todos os seus irmãos. É como uma reunião de família, em que os filhos já adultos, que a vida separou, voltam a encontrar-se junto de sua mãe por ocasião de uma festa. E se uma vez ou outra discutiram entre si e se trataram mal, naquele dia é diferente; naquele dia sentem-se unidos, reconhecem-se todos no afeto comum. (É Cristo que Passa, 139)

O amor à nossa Mãe será sopro que atice em fogo vivo as brasas de virtude que estão ocultas sob o rescaldo da tua tibieza. (Caminho, 492)


Ama a Senhora. E Ela te obterá graça abundante para venceres nesta luta quotidiana. – E de nada servirão ao maldito essas coisas perversas que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o próprio Cristo pôs em teu coração. – «Serviam!» (Caminho, 493)

A Jesus sempre se vai e se “volta” por Maria. (Caminho, 495)

Maria, Mestra de oração. – Olha como pede a seu Filho em Caná. E como insiste, sem desanimar, com perseverança. – E como consegue. – Aprende. (Caminho, 502)Tens que dizer a Nossa Senhora, agora mesmo, na solidão acompanhada do teu coração, falando sem ruído de palavras: – Minha Mãe, este meu pobre coração rebela-se algumas vezes... Mas se tu me ajudas... – E Ela te ajudará, para que o guardes limpo e continues pelo caminho a que Deus te chamou: a Virgem te facilitará sempre o cumprimento da Vontade de Deus. (Forja, 315)



Mãe, presente de Deus.

Para completar o homem, Deus fez a mulher...


Mas para participar do milagre da vida, Deus fez a Mãe.

Para liderar uma casa, Deus fez a mulher...
Mas para edificar um lar, Deus fez a Mãe.

Para estudar, trabalhar e competir, Deus fez a mulher...
Mas para guiar a criança insegura, Deus fez a Mãe.

Para os desafios da sociedade, Deus fez a mulher...
Mas para o amor, a ternura e o carinho, Deus fez a Mãe.
 
Para fazer qualquer trabalho, Deus fez a mulher...
Mas para embalar o berço e construir um caráter, Deus fez a Mãe.
 
Para ser princesa, Deus fez a mulher...
Mas para ser Rainha Deus fez a Mãe.

 
Um Feliz Dia das Mães a todas as Mamães
com a proteção e o exemplo de Nossa Senhora!
Deus as abençoe!
 
Espero que as reflexões de São Josemaria nos ajude a  reconhecer a importância de Nossa Senhora em nossas vidas, em nossa missão de ser Mãe ... Devemos seguir o seu exemplo, educando e amando nossos filhos, comprometendo-nos com eles até as últimas consequências, alegrando assim o Coração de Nossa Senhora. Devemos ser fiéis a Ela, oferecendo-lhe nossos corações, angústias e aflições e mantendo-a em um lugar especial e respeitoso em nossas vidas e corações. Ela supervisiona nossa maternidade, pois é a Mãe de todas as Mães, nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado.

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