Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz. Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar.
Jesus tornou a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância.
A porta do Reino
A comparação oferecida pelo evangelho de hoje nos situa diante de duas realidades bem diferentes, opostas e separadas. De um lado está o estábulo. Trata-se do lugar em que se abrigam as ovelhas. Ali encontram refúgio contra o frio e o alimento necessário, além de proteção contra os animais que podem lhes fazer mal. Fora do estábulo é justamente o lugar onde estão aqueles animais ferozes. Não há comida. O frio pode ser mortal. As ovelhas estão à mercê das intempéries. O lobo ameaça. Nada é seguro lá fora.
No entanto, a comparação feita por Jesus não se concentra nos perigos de fora e nem nas comodidades de dentro, mas na porta. A porta é a passagem obrigatória pela qual as ovelhas devem passar para entrar no estábulo. Jesus afirma que ele é a porta ou, também, que é o dono das ovelhas. Conhece cada uma delas por seu nome. Cuida delas, alimentando-as e protegendo-as. Em oposição ao ladrão que pula a cerca e entra apenas para roubar e matar, Jesus oferece às ovelhas vida e vida abundante.
Toda a comparação se baseia para além da imagem concreta, na contraposição entre vida e morte. Seguir Jesus aproximar-se da porta representada por ele, significa encontrar-se com a vida. Não entrar por essa porta é permanecer fora, isolado em meio aos perigos e ameaças. Não entrar implica ficar ao lado da morte.
Mas, hoje, o que significa para nós entrar pela porta que é Jesus? Alguém poderia pensar que a única solução para nos afastarmos dos perigos – dizem que o mundo está cheio deles – seria passar o dia todo dentro da Igreja. Este seria o lugar seguro. Mas enganam-se quem pensa desta maneira. Jesus é bem claro quando diz: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem".
Mas, hoje, o que significa para nós entrar pela porta que é Jesus? Alguém poderia pensar que a única solução para nos afastarmos dos perigos – dizem que o mundo está cheio deles – seria passar o dia todo dentro da Igreja. Este seria o lugar seguro. Mas enganam-se quem pensa desta maneira. Jesus é bem claro quando diz: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem".
Parece claro que entrar pela porta que é Jesus, encontrar-se com ele, permitir que seja nosso único dono, transforma a vida de uma pessoa. Não é que mude o lugar em que a pessoa tem de viver. O que muda é a pessoa e sua maneira de se relacionar com o mundo. Depois de passar pela porta que é Jesus, a pessoa poderá entrar e sair. O mundo já não é mais um lugar ameaçador e cheio de perigos. Todo o mundo se converteu em um curral seguro onde se podem encontrar pastagens e vida. Tendo Jesus como pastor, podemos deixar o estábulo com confiança e podemos enxergar a realidade de outra maneira: sem medo.
A presença do Ressuscitado enche o mundo e faz que as pessoas tenham vida e vida em abundância. Com Jesus, o cristão não tem medo de nada e de ninguém, e sua própria presença no meio do mundo é portadora de salvação para esse mesmo mundo. Somos comunidade cristã no meio do mundo.
O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
ResponderExcluirEm verdes prados ele me faz repousar.
Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva,
por amor do seu nome.
Ainda que eu atravesse o vale escuro,
nada temerei, pois estais comigo.
Vosso bordão e vosso báculo são o meu
amparo.
Preparais para mim a mesa à vista de
meus inimigos.
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
e transborda minha taça.
A vossa bondade e misericórdia hão
de seguir-me por todos os dias de minha
vida. E habitarei na casa do Senhor por
longos dias.