NOSSA SENHORA DOS AFLITOS, ROGAI POR NÓS!
A tradição da devoção à Nossa Senhora venera de modo carinhoso os seus
grandes sofrimentos representados nas sete espadas que lhe atravessam o
coração. As três primeiras referem-se à infância; as outras, ao dia da paixão
de seu filho.
Em, todo o Evangelho, encontramos registradas quatro falas da Mãe de
Jesus: na Anunciação dos Anjos, na
visita a Isabel, por ocasião do reencontro no Templo e nas Bodas de Canã. Na
Anunciação, mostra-se uma mulher determinada. Pede ao Anjo esclarecimentos e
coloca-se inteiramente à vontade de Deus. Na casa de Isabel, é a gestante feliz
que louva o Senhor ao sentir as primeiras consequências da maternidade. Em
Canã, a atenta observadora, com habilidade para buscar soluções diante da
iminência de um problema. Já no Templo,
depois de três dias de angústia partilhada com o marido em inúmeras tentativas,
desabafa sua aflição como qualquer mãe o faria: "Meu filho, por que
fizeste assim conosco? Teu Pai e eu, aflitos, te procurávamos!" (Lucas 2,
48)
As preocupações e as angústias fazem parte do dia a dia das famílias.
São tantas, as ocorrências em que a vida se encontra em risco que dificilmente uma mãe pode dormir tranquila
enquanto não recebe uma ligação ou escuta o barulho da porta que acaba de se
abrir. A aflição de quem ama não se limita a quem a sofre. Não pode ficar
solitária. Necessariamente precisa ser partilhada para que seu peso possa ser
suportado e as soluções, encontradas.
No alto da cruz, antes de seu coração ser transpassado, Jesus
entregou-nos sua Mãe para que nos
ajudasse a discernir a vontade de Deus, celebrar as alegrias; e para partilhar
de nossas aflições. Podem as palavras ser outras, mas a Oração da Salve-Rainha
nunca foi tão oportuna. Ela nos coloca no colo de Nossa Senhora dos Aflitos!
* Pe. D'Elboux
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