3º Domingo da Páscoa – 18 de abril de 2015 ...
Os dois discípulos, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão. Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco!”
Perturbados e espantados, pensaram estar vendo um espírito. Mas ele
lhes disse: “Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos
corações? Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um
espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho”. E, dizendo isso,
mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas, vacilando eles ainda e estando
transportados de alegria, perguntou: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”Então
ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado.
Ele tomou e comeu à vista deles. Depois lhes disse: “Isto é o que vos
dizia quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que
de mim está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”. Abriu-lhes
então o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo: “Assim é que
está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse
dos mortos ao terceiro dia. E que em seu nome se pregasse a penitência e a
remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as
testemunhas de tudo isso”.
_ Palavra da Salvação.
_ Glória a Vós, Senhor!
A LUZ DE UMA PRESENÇA ...
Os textos evangélicos referentes à Ressurreição de Jesus são unânimes
em proclamar: Ele esta vivo, nós O vimos e somos testemunhas. Não importa o
modo como se expressam para dizer que O viram. As aparições de Jesus tinham a
característica de mudança. É o mesmo, pois até comeu um pedaço de peixe assado
diante deles (Lc 24,41-43). É o mesmo que fora crucificado. Os discípulos
sentem dificuldades para crer. Primeiro pensam que é um fantasma e depois a
alegria é tanta que nem acreditam. Jesus insiste; “Tocai em mim e vede. Um
fantasma não tem carne nem ossos como vedes que Eu tenho. Dizendo isso, Jesus
mostrou-lhes as mãos e os pés … Eles não podiam acreditar, porque estavam
surpresos e alegres. Então Jesus disse: ‘Tendes alguma coisa para comer’?.
Deram-Lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles” (Lc
24,39-43).Pareceu-lhes diferente, pois não O reconhecem imediatamente. Diante
do diferente torna-se necessário que Jesus lhes abra a inteligência para
entenderem as Escrituras “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará
dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão anunciados a conversão e o
perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém”’ (Lc 24,46-48).
Somente Ele pode nos fazer compreender sua Paixão, Morte e Ressurreição. A
partir desta compreensão podem entender sua missão de anunciar a conversão e o
perdão dos pecados a todas as nações. Jesus é solene: “Vós sereis testemunhas
de tudo isso” (Lc 24,48). O vigor missionário dos apóstolos e dos discípulos
depois da Ascensão provém da experiência pessoal com Cristo vivo. Os que crerem
em Jesus, sem tê-Lo visto poderão dar o mesmo testemunho a partir de sua
experiência de fé, pois o Espírito é dado a todos. Podemos notar que esse vigor
apostólico continua presente na Igreja que anuncia o Cristo vivo e denuncia os
lugares de morte existentes por falta de fé.
CONVITE À CONVERSÃO ...
O perdão é garantido por Jesus que em sua obra redentora expiou nossos
pecados. Ele continua a ser nosso Defensor contra o mal. Os apóstolos,
liderados por Pedro, anunciam com coragem e sabedoria tudo o que aconteceu com
Jesus. Dizem que se cumprem as profecias. O erro dos chefes do povo foi por
ignorância, como diz Pedro: “Eu sei que vós agistes por ignorância, assim como
vossos chefes” (At 3,17). Agindo assim, cumpriram as profecias. Pedro põe os
ouvintes como culpados da morte de Cristo e beneficiários da redenção prometida
aos antepassados. Seu pecado é perdoado. Pedro é firme no propósito de ser
testemunha: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados
sejam perdoados”.
CAMINHO DE TODOS ...
As orações litúrgicas pascais
afirmam a destinação de todos: “Dai aos que renovastes pelos sacramentos a
graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne” (Pós-Comunhão). Ou,
na oração sobre as oferendas lembra que a Igreja em festa pede a eterna
alegria. A oração da missa estimula a esperar com plena confiança a
ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos. É um
motivo para viver a alegria e a plena experiência da fé. Renovados, recuperamos
a condição de filhos de Deus, merecemos exultar de alegria. Pelo amor a Deus
correspondemos ao grande dom da Ressurreição. Somente ama Deus quem guarda seus
mandamentos. “Naquele que guarda sua palavra, o amor de Deus é plenamente
realizado” (1Jo 2,1-5).
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