23º Domingo do Tempo Comum ... 6 de setembro de 2015 ...
Naquele tempo:
Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole.
Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão.
Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele.
Olhando para o céu, suspirou e disse: 'Efatá!', que quer dizer: 'Abre-te!' Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam.
Muito impressionados, diziam: 'Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar'.
_ Palavra da Salvação.
_ Glórias a Vós, Senhor!
TOCADOS POR DEUS PODEMOS TESTEMUNHÁ-LO AO MUNDO ...
Precisamos permitir que a saliva do Senhor, – não há nada mais íntimo do que a saliva de uma pessoa –, toque em nossa língua para que possamos falar, proclamar e testemunhar a ação de Deus em nós.
“Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade” (Marcos 7, 35).
A Palavra de Deus nos mostra um homem que foi levado até Jesus; este era surdo, não escutava e também falava com muita dificuldade. E acreditaram que se Jesus tocasse neste homem ele poderia voltar a escutar e falar sem problemas.
“Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com sua própria saliva tocou a língua dele e proclamou: ‘Efatá! Abre-te! Permita que a graça de Deus entre neste homem para que escute, fale e proclame que Deus é maior em sua vida’ (cf.Marcos 7, 32-34).
Quando olhamos para a realidade de cada um de nós, muitas vezes, vamos ficando surdos, não conseguimos ouvir Deus, Sua Palavra, Sua ação agindo em nós. Não conseguimos ter sintonia com o sofrimento, com as necessidades, com o clamor de quem está ao nosso lado.
Quem escuta pouco a Deus, fala pouco de Deus, fala com dificuldade ou não fala nada. Não podemos nos esquecer que aprendemos a falar porque, primeiro, nós tínhamos condição de ouvir e nós falamos aquilo que ouvimos, falamos de Deus aquilo que escutamos d’Ele.
E o “falar” não é simplesmente ter uma boa retórica ou palavras acertadas, medidas, premeditadas, mas é o falar da graça, falar da unção, trazer a unção de Deus naquilo que se fala. Para isso é preciso ter ouvidos para escutá-Lo. Por isso, Jesus tira-nos do meio da multidão e coloca-nos muito próximos d’Ele. E precisamos, na verdade, querer sair do meio da multidão para ficarmos mais próximos de Jesus.
A “multidão” é a multidão de trabalho, de ocupação, de pessoas, de compromissos que muitas vezes temos que nos impossibilita de ficarmos a sós com Jesus e permitir que Ele toque a nossa intimidade, que o Seu dedo, o dedo da graça possa tocar os nossos ouvidos para que possamos escutar de verdade.
Precisamos permitir que a saliva do Senhor, – não há nada mais íntimo do que a saliva de uma pessoa –, toque em nossa língua para que possamos falar, proclamar e testemunhar a ação de Deus em nós.
Por isso, estou suplicando e pedindo a Deus que nos tire da multidão de ocupações que temos para sermos tocados, revestidos pela Sua graça; para podermos proclamar as maravilhas do Seu Reino!
Quando não somos tocados pela graça, não podemos testemunhar a graça de Deus que há em nós!
Deus abençoe você!
* Padre Roger Araújo
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