4º Domingo Comum - 31/01/2016 ...
Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”.
E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.
De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.
Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
ACOLHAMOS O ENSINAMENTO DO PRÓXIMO ...
Não despreze seu pai, sua mãe nem aqueles que estão próximo de você, porque eles têm sempre algo a nos ensinar.
“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4, 24).
Jesus estava exercendo Seu ministério público, atuando no meio do povo, anunciando o Reino de Deus, curando, libertando e fazendo a graça do Pai acontecer. Nem sempre Ele era bem recebido e aceito, sobretudo entre seus conhecidos e parentes. Conheciam Jesus desde pequeno, conheciam Sua humanidade; e quando conhecemos uma pessoa desde muito cedo, nós o tratamos como um de nós; algumas vezes, até como menos do que nós.
Escutamos o conselho de todo mundo, menos da mãe e do pai. Damos atenção para todos, menos para o irmão da própria casa. Gostamos demais do padre da outra comunidade, e só enxergamos os limites do nosso padre e do nosso pastor. Muitas vezes, valorizamos o que é de fora e não sabemos valorizar a riqueza de dentro; assim, desprezamos uns aos outros, porque não sabemos colher e acolher o bom de quem está ao nosso lado.
Meu filho, escute seu pai e sua mãe. Por mais defeitos, limites e fragilidades que possam ter, eles são os profetas da sua casa. “Ah, meu pai é desse jeito!”. Relativize, dê desconto, peneire o que não edifica e fique com o que é bom. Não despreze seu pai e sua mãe, aqueles que estão próximos de você, porque o outro eles têm sempre algo a ensinar, estão ao nosso lado!
Precisamos apanhar na vida para aprendermos a ter juízo. Escutamos, nossa vida inteira, nossa mãe nos ensinar, mas, como era a mãe falando, ficávamos bravos, pulávamos, esperneávamos; mas, depois que apanhávamos da vida, damos valor à palavra de nossos pais. A nossa memória nos diz: “Bem que a minha mãe falou!”.
Que aprendamos, hoje, o que muitos judeus não aprenderam: não souberam acolher os profetas da própria terra, da própria casa. Que saibamos acolher os que estão próximos de nós e fiquemos com a sabedoria que vem do coração de cada um!
Deus abençoe você!
* Padre Roger Araújo
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