19º Domingo do Tempo Comum - 13 de agosto de 2017 ...
Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho.
24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar.
26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo.
27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”
28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”.
29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus.
30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”
31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”
32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
A FÉ VENCE E SUPERA O MEDO QUE ESTÁ EM NOSSO CORAÇÃO ...
“Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo” (Mateus 14, 26).
O grito dos discípulos, em meio às agitações do mar, não foi um grito de fé, mas de medo, desespero e desconfiança.
Quando não estamos centrados em Deus, quando nosso olhar não está firme na direção de Jesus, olhamos para as agitações da vida, para os problemas e as situações tenebrosas que, muitas vezes, temos de enfrentar, nosso grito é semelhante ao dos discípulos.
Não é esse o grito que nos salva. O que nos salva e nos socorre é o grito da fé e da confiança, é o grito daquele que coloca no Senhor o seu refúgio, o seu amparo, a sua vida, e diz: “Senhor, socorre-me! É em vós que eu confio”. Os discípulos, no entanto, ficaram apavorados e gritaram de medo.
Há um medo dentro do coração de cada um de nós, que grita latentes em nossa vida; é o medo de tantas situações, de tantos fantasmas e ventos contrários, que vêm em nossa direção e nos deixam apavorados nas situações da vida.
A fé que nós nutrimos e colocamos no Senhor nosso Deus vence e supera o medo, a fé ajuda e leva o coração a não escutar o grito de temor. Pelo contrário, é a fé que suprime os medos e manda os fantasmas do temor se calarem: “Quem fala em nosso coração é o Senhor Nosso Deus”.
Como os medos serão aniquilados de nossa vida, se nós os alimentarmos e deixarmos de alimentar a nossa fé? Não devemos dar alimento nem voz aos nossos medos. Não os deixemos crescer, tomar forma, porque, quando eles crescem em nós, vão nos apavorando, tomando conta por dentro e por fora, eles criam fantasmas, fantasias, e nos tornamos reféns deles. E tornar-se refém do medo, nos dias de hoje, é algo cada vez mais comum. Surgem tantas síndromes e situações que aniquilam a vida humana, porque o medo tomou forma e corpo.
Queremos, hoje, voltar o nosso olhar para o Senhor e dizer: “Senhor, socorre-nos, socorre nossa fraqueza e falta de fé. Socorre-nos, Senhor, de todo o mal que o medo lançou em nosso coração, porque em Ti está a nossa confiança, o nosso socorro e amparo.
Deus abençoe você!
* Padre Roger Araújo
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