14 de setembro de 2020

* Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18, 21-35 ...


24º Domingo do Tempo Comum - 13 de setembro de 2020 ...

Naquele tempo, 21. Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

22. Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24. Quando começou o acerto, levaram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.  26. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.

29. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’

34. O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a Vós, Senhor!

🌿 Sejamos expressão do perdão de Deus para o próximo ...

“Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’."

*Mateus 18,21-22 ...

Nenhum tema é tão caro ao Evangelho do que o amor e o perdão. Quem ama perdoa, e quem perdoa é porque ama. Por que Deus nos perdoa? Porque Ele nos ama. Por que Deus nos dá o Seu amor? Porque o Seu amor por nós é imenso e Ele nos perdoa, ou seja, Ele cancela a nossa dívida, o nosso erro, os nossos pecados de todo o coração. Ele não leva em conta as nossas faltas.

Se pensarmos com seriedade e serenidade, se Deus levasse em conta as nossas faltas, nenhum de nós nos aproximaríamos d’Ele. Aprendemos muito pouco de Deus porque aprendemos muito pouco a perdoar. Sabemos muito mais da aritmética do mundo e da vida, quando um mais um é dois, mas aprendemos pouco da aritmética divina quando um mais um não são dois, quando um mais um é sempre mais.

Se Deus não leva em conta quantas vezes Ele me perdoa, eu preciso ser sincero… Não sei quantas vezes precisei do perdão de Deus. Não consigo levar em conta nem quantas vezes me confessei, procurei o sacramento da penitência, desde quando fiz minha Primeira Eucaristia quando era criança. Nem você consegue, a não ser que tenha ido somente uma vez, porque aí quem está fazendo conta é você, não Deus.

Se vivemos com intensidade nossa vida espiritual, procuramos pedir perdão todos os dias; não vamos dormir nenhum dia sem Deus nos perdoar, porque, em nenhum momento, Ele negou o nosso perdão. Mas nós fazemos conta do perdão. Muitas vezes, perdoamos sem perdoar, porque o nosso coração fechado e travado, não banhado da verdadeira misericórdia que vem do coração de Deus, não retribui aquilo que Deus nos dá; somos esse empregado mau do Evangelho, chamado de “empregado perverso”.

O empregado que foi perdoado de toda a dívida para com o patrão não soube perdoar o irmão que tinha uma dívida bem menor. Isso sim é perversidade e maldade!

Se não merecermos o Reino dos Céus, não será por falta da misericórdia nem do perdão de Deus, mas por falta de vergonha na cara da nossa parte, é por nossa perversidade e maldade. Evangelicamente, não há perversidade maior do que aquele que foi perdoado por Deus não ser capaz de perdoar o seu irmão de todo o coração.

Na Primeira Leitura da Liturgia de hoje, a Palavra já nos diz que o rancor e a raiva são coisas detestáveis, até quem é pecador procura dominar o seu rancor e a sua raiva.

Quem não domina rancor, ressentimento, e mais do que dominar, não se purifica deles, de fato, não consegue perdoar o seu irmão. Busquemos, de todo o coração, nos purificar de toda raiva e rancor para que o perdão de Deus esteja em nós e sejamos expressão do perdão d’Ele para o próximo.

Deus abençoe você!

* Padre Roger Araújo

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