25º Domingo do Tempo Comum - 20 de setembro de 2020 ...
1. “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha.
2. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4. e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.6. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7. Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
8. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros
9. Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
11. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12. ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
13. Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14. Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’
16a. Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
🌿🥀Retiremos do nosso coração toda a inveja ...
“Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?” (Mateus 20,15).
O patrão do Evangelho de hoje causou indignação e, ao mesmo tempo, admiração. Quem olha para o patrão com o olhar humano, daquela justiça que acha que tem no coração, fica indignado com esse patrão. Se paramos para olhá-lo com o olhar humano, vamos dizer: “Esse patrão é muito injusto e irresponsável”. Se fosse nos dias de hoje, você até entraria na justiça do trabalho para processar esse patrão.
Como ele é capaz de pagar o mesmo salário para uma pessoa que chegou para trabalhar uma hora e pagou o mesmo para quem trabalhou o dia inteiro? Teria revolta, o nosso coração ficaria revoltado só de imaginar uma situação dessa. Mas sabe por que os operários da primeira hora ficaram revoltados? Sabe por que nós também criamos revoltas dentro do nosso coração? Porque eles não olharam para o que receberam, mas foram olhar o que os outros receberam.
Aquilo que o patrão combinou com eles, ele pagou; os contratou e não deu nada a menos do que haviam combinado. De forma alguma o patrão foi injusto com eles. Foi justo, correto e deu o que devia. Mas eles perderam a graça ou até o que tinham recebido, para eles não significava mais nada porque pararam de olhar para o que tinham recebido e olharam o que os outros receberam.
É aquilo que chamamos da maldita comparação, quando paramos de contemplar a nossa vida, de melhorar a nossa vida, de agradecer pelo que temos, de lutar para termos cada vez mais uma vida melhor, mais digna e mais justa, mas paramos para reparar como está a vida dos outros. E, muitas vezes, queremos até ser iguais aos outros, não sabemos a história, a labuta, não sabemos se foi de uma forma justa ou não. Aí nascem as malditas comparações, geralmente, motivadas pela inveja, pela cobiça, por aqueles desejos insanos do coração e da mente.
Olha, é feliz nessa vida quem cuida do que tem; quem luta pelo o que é seu com suas próprias mãos e não quem causa intriga, divisão, confusão, separação porque vive a reparar, a olhar e invejar aquilo que o outro é e tem
Seja você, seja cada vez mais autêntico para você, lute pelo que é seu, sem precisar invejar e se comparar a ninguém. No Reino dos Céus é assim: o ladrão que se converteu aos pés da cruz ou morrendo junto com Jesus é tão de Deus como aquele que já nasceu santo no ventre da sua mãe. Todos são amados por Deus!
Na hora que o coração se abre para a graça de Deus, ela chega e rouba aquele coração. Não posso me sentir injustiçado porque essa pessoa chegou na Igreja agora, porque se converteu só agora. Não, eu sou de Jesus, parecendo aquele filho mais velho da parábola do filho pródigo. Eu sempre fui fiel a Deus.
Quem é fiel ama, acolhe, se alegra com o bem do outro e jamais deixa crescer no seu coração a inveja e a competição.
Deus abençoe você!
* Padre Roger Araújo
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