3º Domingo do Tempo Comum - 23 de janeiro de 2022 ...
1. Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós,
3. Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoo de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.
Naquele tempo, 4,14. Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.
15. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam.
16. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.
17. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19. e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20. Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
⚘A Palavra de Deus tem o poder de transformar a sua vida ...
“Entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Jesus achou a passagem em que está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor’” (Lucas 4,16-19).
Jesus está na sinagoga, o lugar onde Ele aprendeu tudo sobre a Palavra de Deus, o lugar onde Ele aprendeu a conhecer, de um modo humano, o Pai do Céu. Pensem vocês, por 30 anos Ele escutou a Palavra naquele lugar, era um costume de Jesus ler e meditar a Palavra de Deus. Que submissão Jesus vive!
Ele, que já existia na comunhão da Santíssima Trindade, que já conhecia o Pai e o Espírito Santo, se submete a ter de conhecer humanamente as coisas de Deus. Jesus tem um amor, um respeito e um zelo pela Palavra de Deus. O quanto esse gesto nos ensina e nos toca, nós que vamos, sobretudo aos domingos nas Liturgias, ouvimos a Palavra de Deus proclamada, como é importante para nós esse gesto de Jesus!
Jesus se levanta para ler esse trecho da Escritura. “Levantar” aqui é o mesmo verbo usado para falar de ressurreição, e “ler”, em grego, significa “reconhecer as palavras que alguém já aprendeu”; ler é reconhecer. Então, ali Jesus reconhece que por trás daquelas palavras está a realidade da sua vida, elas falam d’Ele, da sua missão e da sua identidade.
Como é bom quando nós aprendemos a encarnar a Palavra de Deus na nossa vida, como é bom poder dizer, ao ler a Palavra de Deus: “Isso é para mim”, “Essa Palavra é para mim”, “Essa Palavra é para a minha vida”, “Essa Palavra me tocou”, é a Palavra cumprindo em nós a sua função: regar o nosso coração, transformar a nossa vida, converter-nos, dar-nos esperança e uma vida nova. A Palavra precisa ser viva na nossa vida.
“Jesus abre o livro”. Ninguém era digno de abrir o livro da Verdade, ninguém se atrevia a lê-lo, ninguém seria capaz de interpretá-lo, somente Cristo pode nos dar o acesso à Palavra do Pai, à Verdade do Pai. Ele pode quebrar o sigilo. A nossa existência não é mais um enigma escondido a sete chaves, mas a luz da Verdade nos revela quem nós somos, quem é Deus.
“O Espírito está sobre Ele”. Qual Espírito? O Espírito do Filho. E Jesus é consagrado, é separado pelo Pai para fazer de todos nós filhos do mesmo Pai, para nos tornar irmãos. Muitas vezes, queremos o Pai só para nós e queremos ser irmãos só de alguns; desse jeito o Espírito do Filho não está sobre nós, o Espírito do Filho nos faz irmãos dos nossos irmãos e filhos do mesmo Pai.
Diz a Palavra que Ele anuncia a Boa-nova aos pobres. O pobre é aquele que vive do dom de alguém, o pobre é um dependente para nos lembrar que nós recebemos tudo de Deus. Quando uma pessoa, mesmo que tenha todas as riquezas do mundo, se não tiver Deus, ela será sempre pobre.
Qual é a Boa-nova? Libertar os cativos de todas as formas de cativeiros, aquelas interiores que produzem pânicos, angústias, aflição, solidão, aquelas feridas do coração, mas também aquelas exteriores impostas por outras pessoas, não apenas aquelas radicais, um cativeiro, como no caso de um sequestro, mas aqueles outros velados: relacionamentos abusivos, exploradores, opressivos e desumanos. Cristo vem nos libertar de tudo isso e, por fim, recuperar a vista aos cegos. Podemos ver o Senhor, podemos conhecer a verdade sobre Ele, sobre nós, sobre as pessoas.
Que a graça de Deus nos acompanhe.!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
* Padre Donizete Ferreira
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