4 de junho de 2011

* São Mateus 28, 16-20.

Os onze discípulos foram para a Galiléia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado. Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.  Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.  Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.  


Ao subir ao céu, garantiu que ficaria conosco até o fim dos tempos e nos enviou um outro Consolador, o Espírito Santo. Trabalhamos com a certeza da vitória porque a sua ascensão já é a nossa vitória, rezamos na oração de abertura desta liturgia. E é nossa vitória porque, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, introduziu no mundo de Deus a nossa natureza humana. Nele, nós já estamos lá. Nossa humanidade está no alto, junto do nosso Deus.

Nossos corações se voltam para o alto descortinando o horizonte que nos espera. Vendo pela fé o invisível, administramos com equilíbrio e coragem as coisas visíveis. Adquirimos o bom senso do Espírito, que nos permite discernir o que é melhor em cada decisão a ser tomada. Nossa vida tem sentido e se renova quando pensamos na ascensão do Senhor.

At. 1,1-11 – O Livro dos Atos dos Apóstolos diz que Jesus foi levado para o céu à vista dos seus apóstolos e discípulos. Uma nuvem o envolveu e não o viram mais. Aparecem então dois homens vestidos de branco, que perguntam por que os discípulos estão ali, parados, olhando para o céu. E acrescentam: "Jesus, que foi levado para o céu, virá um dia do mesmo modo como partiu".

Depois da sua ressurreição, Jesus ficou ainda quarenta dias com os discípulos, instruindo-os sobre o Reino de Deus. Antes de partir, fez com eles uma refeição e lhes deu suas últimas recomendações: "Fiquem em Jerusalém e esperem a vinda do Espírito Santo". Os discípulos não entendiam bem o que Jesus lhes dizia nem compreendiam tudo o que estava acontecendo. Jesus lhes falara do Reino, mas o reino que eles esperavam era o de Israel, por isso perguntaram a Jesus: "É agora que o Senhor vai restaurar o Reino para o povo de Israel?".

Sl. 46 (47) – O salmista vê o Senhor, que se eleva triunfante acompanhado por aclamações e toque de trombetas.

Ef 1,17-23 – A carta aos Efésios não descreve a ascensão de Jesus, mas, falando com linguagem humana, diz que Deus manifestou a sua força quando o ressuscitou e o fez se sentar à sua direita nos céus. Sentado à direita do Pai, Ele está acima de tudo e é agora a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, do qual somos os membros.

Mt. 28,16-20 – O evangelista Mateus não fala da ascensão de Jesus. Ele termina o seu Evangelho com as últimas recomendações de Jesus e uma rápida despedida. Jesus ressuscitado está na Galiléia. Muitos discípulos ainda não o tinham visto e, como não inventaram a ressurreição, duvidavam se era Ele mesmo. Jesus lhes diz com firmeza e tranquilidade: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Vão pelo mundo afora e façam discípulos meus todos os povos, batizem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinem o que eu ensinei". E Jesus termina com esta belíssima e confortante afirmação: "Eis que eu estou com vocês todos os dias, até o fim do mundo".

Cônego Celso Pedro da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este é um espaço para você interagir comigo.

Deixe aqui seu comentário.