5º Domingo Comum ... 9 de
fevereiro de 2014.
Naquele tempo, disse Jesus a seus
discípulos: Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que
salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser
pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não pode
ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma
lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha
para todos que estão na casa.
Assim também brilhe a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que
está nos céus.
_ Palavra da Salvação.
_ Glória a Vós, Senhor!
VÓS SOIS O SAL DA TERRA E A LUZ
DO MUNDO ...
Depois de nos ter apresentado o
seu plano pastoral no Sermão da Montanha. Jesus agora nos faz responsáveis pela
vida dos nossos irmãos e irmãs. E por isso usa as figuras do sal, da cidade e
da luz.
Mas padre, o que é ser sal e luz
para o meu irmão e minha irmã? E então eu responderia: Ser sal é ser o que dá
gosto às coisas. Ser luz é ser o que ilumina. Todavia, cuidado. Porque a
prerrogativa de ser sal e de ser luz pode tanto se inclinar para o bem, quanto
para o mal. Aquele que se volta para o mal se torna também uma pessoa salgada,
porém, salga a si mesma, dá gosto a si própria. Veja bem, aquele que se projeta
como um grande político ateu, um maçom em alto grau, um empresário
inescrupuloso, um déspota, ou mesmo um criminoso famoso são exemplos de ser
sal, mas para o mal.
Quer coisa mais salgada do que
Hitler? Ele foi luz e sal, porém, em oposição ao bem. Quantas pessoas brilham
por aí… brilhos efêmeros. Por exemplo, quantos cantores, compositores, atores,
apresentadores, jogadores de futebol brilham ou brilharam como um cometa?
Gostar de futebol, tudo bem! Mas quantos assalariados se privam de coisas para
ir ao campo de futebol, fazendo com que certos jogadores ganhem fortunas. Isto
é acender luzes. São luzes que acendemos impróprias, mas que “iluminam”.
Poderiam ser chamadas de trevas, pois estão em oposição à luz de Deus, que é a
verdadeira luz.
Devemos ter muito cuidado com o
nosso agir, com o nosso ser. Deus quer que sejamos sal e luz para glorificá-lo,
para a construção do Seu Reino. E isto só é possível vivendo conforme nos
ensina. Por isso termina dizendo que a luz deve ser mostrada. Devemos mostrar
isso às pessoas em louvor a Deus.
Ser luz e ser sal para glorificar
a Deus é muito diferente do que se pensa e é difícil agir com este
entendimento, porque a tentação está sempre a nos sugerir que sejamos luz e sal
para nós mesmos. A todo momento sentimos aquela tentação: Por que ser luz de
outra forma? Seja luz para si mesmo, assim vai brilhar muito mais. Por que ser
gosto de outra forma? Seja gosto para si mesmo. Você é bonito, inteligente e
vai perder tudo isto por uma bobagem? Não! Pense em você, colha para si mesmo os
louros de seu trabalho, de sua vitória, de seu sucesso. O pecado original
surgiu daí: da vaidade e da soberba.
Este Evangelho é muito claro.
Essa luz e esse sal podem ser dados para ambos os lados, adquirindo,
obviamente, conotações opostas e consequências distintas. Jesus disse que não
se acende uma luz para colocá-la debaixo da mesa, mas na luminária. Disse ainda
que não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, quer dizer, se
estivermos crescendo diante de Deus ou do demônio, vamos aparecer de forma
positiva ou negativa, naturalmente.
Este é também o Evangelho do
discernimento. Devemos discernir a luz que brilha para Deus e o sal que salga
para o bem. Precisamos desse discernimento, para refletirmos a luz de Deus e
sermos o sal da terra louvando-o; caso contrário vamos brilhar e salgar para
outras finalidades, que não conduzem ao Pai que está no Céu. Mas sim ao pai da
mentira, ao pai das trevas que é satanás.
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