Amor. Tanto se fala em amor, canta-se amor, prega-se amor. Mas, o que é amor?
Amor é a alma da vida, enquanto a vida é o corpo do amor. Duas energias que se encontram e se completam. No corpo da vida, o amor se manifesta. Na alma do amor, a vida ganha sentido.
O ser humano não tem amor. Ele é amor. Aliás, todos os seres, animados ou não, são manifestações do amor.
Todos os seres que compõem o universo são energias que se condensaram. Amor materializado. Tudo é amor, porque tudo tem sua origem na única e verdadeira fonte: o Amor. Portanto, em se tratando de pessoa, você é amor e quem convive contigo, também é amor. Fora do amor, só o nada.
Não falta amor nem no planeta, nem no universo. O que falta é escolher comunicar o amor. Por aí, escolhe-se muito comunicar o desamor. Em qualquer tipo de relacionamento o grave problema é o problema da comunicação do desamor. Ao invés de viver como alguém que ama, vive-se como alguém que...
Comunicar-se com amor, mais do que falar sobre tudo, é ouvir o que a pessoa tem a dizer e, sobretudo, ouvi-la naquilo que está dizendo. Quando a pessoa expressa algo, naturalmente acaba se expressando através desse algo. Não basta acolher a mensagem. É preciso acolher o sujeito da mensagem na mensagem comunicada. Isso só é possível quando a comunicação vem temperada e animada pela energia do amor. O mesmo acontece com a arte de perdoar. Em geral, as pessoas entendem que perdoar é esquecer as ofensas recebidas, o que em parte é verdade. Mas, esquecer as ofensas é apenas esquecimento. Perdoar é estar ciente da ofensa e, mesmo sentindo a dor que ela provocou, continuar acolhendo a pessoa, fazendo assim como o Mestre fazia. Por amor, ele era contra o pecado e a favor do pecador.
Perdoar é continuar partilhando amor, apesar das ofensas e dos defeitos que a outra pessoa apresenta. É como transitar por caminhos que têm buracos. Sabe-se deles, não dá para negar, mas o que importa é estar no caminho e caminhar. Perdoar é um dos modos mais profundos de se comunicar amor.
Todo ser é um ser de amor. Ninguém sofre por falta de amor. Só por desamor. O desamor é o ser amor que se recusa a ser o que se é para praticar e ser o que não é. Nisso, a luz se apaga. E a paga fere, machuca e dói.
E mais. Toda a dor causada por um desamor é um convite grande para o ser voltar a ser o que é: amor.
E aí, ser? O que você está sendo agora?
Assessor Diocesano da Pascom
e pároco de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,
diocese de Marília/SP
Peçamos ao Senhor a graça de amar:
“Senhor, eu quero amar.
Eu me decido neste momento a amar,
a perdoar as pessoas que me fazem sofrer e chorar.
Dá-me a graça de amar,
mesmo diante das minhas dificuldades e limitações.
Mesmo não sentindo,
eu quero amar com gestos concretos.
Ensina-me Senhor, a amar como Jesus me ama.
Ensina-me a perdoar como Jesus me perdoa.
Eu quero amar, eu quero perdoar, dá-me a graça.”
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este é um espaço para você interagir comigo.
Deixe aqui seu comentário.