Naquele tempo, os judeus
murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: 'Eu sou o pão que desceu do Céu'; e
diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José, de quem nós conhecemos o pai e a
mãe? Como se atreve a dizer agora: 'Eu desci do Céu'?»
Jesus disse-lhes, em resposta:
«Não murmureis entre vós.Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não
atrair; e Eu hei de ressuscitá-lo no último dia.
Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que
escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim. Não é que alguém
tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que
viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida.
Os vossos pais comeram o maná
no deserto, mas morreram. Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele,
não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão,
viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do
mundo.»
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
REFLEXÃO
Nesta segunda semana de agosto, mês vocacional, a Igreja nos convida a refletir
sobre a vocação para a vida em família, dando uma atenção especial, aos pais,
são eles, os pilares que sustentam a família.
Na família, a figura do pai sempre aparece como o ponto de referencia. A ele
são conferidas, as maiores responsabilidades. Deus coloca nas mãos do pai, o
destino e a segurança da família.
A família, é de origem divina, é o berço de todas as vocações, a primeira
comunidade humana, planejada pela mente perfeita e soberana do Criador.
O amor de Deus, infundido em nossos corações, por meio da família é fio
condutor de todo o nosso ser cristão. Fomos criados por amor e para o amor! Em
Jesus, Deus se fez visível, realizando o encontro com a humanidade. Nele está
Deus de forma humana e o humano de forma Divina. Jesus é o caminho humano para
chegar a Deus e o caminho Divino para chegar à humanidade.
O Sinal que Jesus dá da sua divindade, é o dom de si mesmo, no resgate e no
cultivo da vida. A transformação de quem acolhe o seu amor, torna fonte de vida
para outros. Na Eucaristia, é selada a comunhão de irmãos, sinal inviolável da
presença amada de Deus.
No evangelho de hoje, Jesus atinge o ponto mais profundo do mistério do amor de
Deus pela humanidade, ao se dar como nosso alimento. Esse mistério de amor, nos
transforma, minando as forças do egoísmo, nos tornando livres para esta
comunhão de amor com Cristo e com os irmãos.
A tradicional identificação de Deus Com “poder” foi a cegueira que impediu os
Judeus de reconhecer a revelação de Deus nos pequenos. Eles rejeitaram Jesus,
pela sua origem humilde.
Jesus se faz nosso alimento, o Pão que Ele nos dá, é o Pão da vida, sua própria
carne, Pão que nos transforma em templo sagrado, onde Ele faz sua morada, para
agir no mundo, através de nós.
A vida iniciada aqui na terra, quando alimentada pelo Pão da vida, não será
interrompida com a morte física. É o próprio Jesus que nos faz esta promessa,
ao nos indicar o caminho da eternidade: “Eu sou o pão vivo, descido do céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente”.
Quando Jesus diz: “Quem come da minha carne e bebe do meu sangue permanece em
mim e eu nele”, amplia-se o nosso horizonte, aumentando em nós, a
responsabilidade de sermos continuadores do seu amor aqui na terra.
Preocupamos muito com o nosso pão material, queremos ter sempre a garantia de
que ele nunca nos faltará, mas às vezes, deixamos de buscar o principal, o Pão
que não perece, o Pão descido do céu.
“Eu sou o Pão que desceu do céu”... Acolher esta revelação de Jesus, é viver o
mistério da fé, é estar em comunhão com o Cristo nesta vida e permanecer em
comunhão com Ele na eternidade.
Paulo hoje nos manda um recado urgente e importante, além de muito atual. Pois
no nosso meio, principalmente no meio dos escolhidos, não pode haver a
predominância do egoísmo, mais sim do amor fraterno em Cristo Jesus. Irritação,
maldade, calúnia, discriminação, desprezo, nada disso deve acontecer na
comunidade cristã, mais sim, o amor manifestado através da caridade.
Devemos lembrar que caridade não é somente colocar a mão no bolso ou na bolsa e
pegar uns trocados e dar a um mendigo. Mais sim todo gesto de amor fraterno, de
gentileza, de amizade sincera, de aceitação do outro como ele é, faz parte da
caridade. Devemos aqui frisar bem que nossa caridade deve ser sincera, pois não
devemos ser cristãos hipócritas.
Paulo nos lembra hoje que devemos ser bons uns para com os outros. Bons de
verdade e não por interesse como fazem o vendedor, e o político em ano
eleitoral.
Devemos ser COMPASSIVOS, isto é, participar do sofrimento do irmão. Dar atenção
ao desabafo do irmão e da irmã, aos seus clamores, ao seu sofrimento, seja lá
qual for.
O verdadeiro cristão não é aquele que só se comunica com pessoas do seu nível,
pessoas que estão bem, e que não estão passando por nenhuma dificuldade. Mais
sim, o verdadeiro imitador de Cristo é aquele que tem COMPAIXÃO.
Portanto, neste dia dos pais vivamos mais intensamente a mensagem da palavra de
Deus, fazendo com que nossas famílias sejam verdadeiros santuários de vida. Que
haja espaço para a comunhão e a partilha entre nós, e que o aparato familiar
nos traga esperanças de uma nova convivência na vida da sociedade.
(Pe. Tula)
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