Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas,
ampare-me.
Se minha audição não é boa
e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo,
procure entender-me.
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento escasso,
ajude-me com paciência.
Se minha mão treme e derrubo comida na mesa ou no chão,
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu,
pare para conversar comigo, sinto-me tão só…
Se você, na sua sensibilidade, me vir triste e só,
simplesmente partilhe comigo um sorriso e seja solidário.
Se lhe contei pela terceira vez a mesma história num só dia,
não me repreenda, simplesmente ouça-me.
Se me comporto como criança,
cerque-me de carinho.
Se estou com medo da morte e tento negá-la, por favor,
ajude-me na preparação para o adeus.
Se estou doente e sou um peso em sua vida,
não me abandone, um dia você terá a minha idade.
A única coisa que desejo neste meu final da jornada,
é um pouco de respeito e de amor.
Um pouco ...
Do muito que te dei um dia !!!
Autor desconhecido
A primeira vez que li esta mensagem foi dentro do cartório da cidade onde nasci.
Ali mesmo, sentada a espera de ser atendida, analisei a verdade destes versos e questionei minhas atitudes diante de meus pais, já idosos.
Meu paizinho, que hoje não se encontra mais entre nós, estava começando a ficar esquecido, trêmulo, lento, depressivo e eu ainda, sem entendê-lo, sofria muito ao perceber que ele mesmo percebia que algo diferente acontecia com ele.
Não sei se vocês já passaram por isso, ver alguém que tanto amamos, sofrer com suas deficiências. É horrível ...É muito triste ...
Percebi que meu pai, com aquele olhar doce, tentava nos dizer tudo o que sentia.
Paizinho querido, descanse na paz do Senhor!
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